quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Dê uma espiadinha...

Em certos momentos de nossas vidas podemos nos deparar com insanidades adquiridas por nós em algumas tomadas de decisões. Dividimo-nos constantemente em alguns fatores como o social, cultural, religioso, político entre outros que faz com que sejamos parte de uma sociedade "civilizada". Estas insanidades são perpetradas muitas vezes intercaladas com um desses fatores, uma vez que um "louco" é aquele que vai contra a sociedade em que é inserido.
Podemos, portanto realizar um pequeno teste onde mediremos nosso nível de insanidade. Seguindo as ordens dos fatores destaco primeiro o social: ajudar, colaborar, voluntariar onde uns e outros acometidos pelo mal do “eu” sociabilizam de forma a saciar vontades próprias, como a de se mostrar como um bom e confiável puritano. O cultural: miscigenação, etnias, gestos e atitudes enraizadas com o meio em que se encontra. Deste fator nasce a discriminação e o preconceito onde muitas vezes marginalizamos pessoas que diferem de nosso ideal de sociedade “civilizada”.
Temos ainda o religioso: crença em um determinado Deus e/ou determinados Deuses, e neste fator destaco algumas insanidades básicas de um “bom cristão”, a não aceitação de seu próximo pelo simples fato de que sua religião é contra sua forma e/ou escolha de vida, a culpa de suas desgraças jogadas em cima de uma determinada divindade, ou o simples fato de zombar com os nomes decorrentes de sua religião, diríamos assim uma heresia - ação ou palavra ímpia, sacrílega, disparate e absurdo.
Por fim nosso fator preponderante, a política: exposição de nossas idéias a uma determinada pessoa e/ou grupo, ou seja, a posição que muitas vezes tomamos a favor ou contra algo e ainda expondo algo de interesse pessoal ou coletivo, isso chamamos de política e muitos usam desta para saciar suas fantasias mais intrínsecas, como a de ter um castelo ou simplesmente de adquirir poder e um bom e recheado salário acrescidos de juros e correções monetárias.
Estas são as insanidades que podem transcorrer em nosso cotidiano, podemos ainda unir de forma agradável estes fatores, nos prostrando diante de nosso ridículo e correndo atrás de uma vaga no BBB, quem sabe não saciamos nossos desejos de uma só vez, fazendo moda, ganhando fama, dinheiro fácil e apelando em um paredão para uma sociedade e paras as forças divinas.
Ah, antes que eu me esqueça, fique louco e não atenda aos padrões da sociedade, vamos dar uma espiadinha!!!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Carnaval – falsidade de foliões e mais um feriado nacional.

Em poucos dias estaremos comemorando uma “grande festa”, o Brasil pára e fitaremos nossos olhares em desfiles luxuosos, em avenidas lotadas, em noites longas onde o importante mesmo é aproveitar o momento, esquecer do mundo e curtir o Carnaval.
Uma mistura de raça, encontro de etnias. Será?
Se perguntarmos para algumas pessoas, poderemos notar que a grande idéia difundida ao longo dos tempos é que o carnaval é uma festa que reúne todos os povos, nesta festa não existe diferença, o importante e essencial é se divertir. Analisando carnavais anteriores posso “afirmar” que isto é uma verdade, é comum vermos nos camarotes das avenidas mendigos, miseráveis, a classe baixa, é comum vermos autoridades e a alta sociedade das cidades reunidas em coro nas arquibancadas. Ali se concretiza os pensamentos dos foliões, a festa do povo, união das etnias e o esquecimento das diferenças.
Torna-se digno das bênçãos de Deus, porque por mais que tentemos não mudaremos essa linda “realidade”, onde nos unimos e juntos festejamos esta belíssima festa. Mas, infelizmente acordamos e nos deparamos com outra realidade, o sonho da união dos povos não existe, e esta é a cara do carnaval, aqueles que detêm poder aquisitivo vão as festas, aos desfiles, viajam e esses sim se divertem. Os pobres, que pobres? Nesta festa não há espaço para eles, afinal não se darão ao luxo de deixar de trabalhar e ganhar o pão de cada dia.
O mais engraçado de toda está realidade é que há alguns anos atrás a festa era sinal de alegria, os cristãos festejavam as vésperas da Quaresma, uma festa de autêntica alegria, os povos antigos do Egito comemoravam as boas colheitas e as terras férteis. O tempo passou aboliu-se a alegria, a caracterização positiva (danças, celebrações e manifestações populares) e hoje nos deparamos com uma festa carnal, onde se cultuam - “sexo, bebida e um bacanal”.
Nesta mesma época, e pela simples razão do que se transformou tal festa, distribuem camisinhas, investem em propagandas preventivas e para muitas o início infindável de uma gestão e/ou os crescentes números de abortos, pelo simples fato de ter no ventre uma “cagada de carnaval”.
Esta é a festa que acreditamos ser a união das diferenças, onde tudo e todos param para “somente se divertir” e logo após para a maioria começa o ano e aguardamos ansiosos os próximos feriados.