sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

NOS TEMPOS DE HOJE!!!

Tudo mudou!!!
Um novo tempo, novas regras, uma nova sociedade, perde-se o velho e se ganha o novo.
Aos poucos vamos perdendo a admiração uns pelos outros, vamos perdendo a confiança, o amor verdadeiro, passamos a ter interesse, procuramos realizar somente as nossas vontades e nossos sonhos, e nos esquecemos que os outros também possuem vontade e também sonham.
Aquelas velhas amizades se dissipam e pairam sobre o ar, impuro e imperfeito, àqueles que tanto admirávamos tornam-se medíocres e nos enojam com suas atitudes, ou melhor, com suas imperfeições. O amor se dissipa, nós nos dissipamos e não somos capazes de conviver e aceitar os defeitos do nosso próximo. Achamo-nos no direito de passar a criticá-los, como se fossemos donos da verdade, não percebemos a essência da amizade que é o simples compreender, aceitando o próximo e aceitando-se no mais imperfeito “eu”.
Criamos diversas mesquinharias porque não somos capazes de sermos verdadeiros uns com outros, não temos a mais digna coragem de dizer “sim ou não”, e quem sabe “talvez”, preferimos aderir na frente à vontade desenfreada dos outros e por trás entramos na calamidade falsa de ser humano.
Às vezes me vejo em meio a tantas interpelações que me ponho à loucura, pois não acho respostas para tanto, não vejo o porquê de tantas e tantas imperfeições humanísticas. Quando será que vamos no colocar e assumir o posto de seres humanos? Quando assumiremos o papel de responsáveis por tudo que no cerca, por tudo que Deus criou? Quando deixaremos de ser hipócritas e passaremos a realizar aquilo que nosso coração tanto pede? Quando vamos deixar de sermos aberrações humanas e vamos fazer aquilo que às vezes não é o que muitos esperam ou gostariam que fizéssemos? Quando vamos deixar de ter a idéia de que ser cristão é ser diferente dos outros, é ser mais que os outros e se colocar em uma posição acima dos outros? E ainda, quando deixaremos de sermos bobos uns dos outros e vamos nos entrelaçar como irmãos amados, filhos de um único criador, que nos presenteou e nos presenteia a cada nascer do sol com o milagre de viver.
O tempo mudou, tornou-se novo e a única coisa que permanece sem alteração é a inteligência dos homens, incapazes de amar verdadeiramente, assim como Deus nos ensinou.
Um dia disse a um amigo “não sei se me tornei um lixo, ou se tudo e todos sempre foram uns lixos”.
Não é uma desistência de viver e muito menos da vida, não desisti de acreditar no ser humano, não desisti em si do próprio ser humano, porque nenhum de nós merece a desistência do outro. Não quero ser um lixo e também não quero que o ser humano se posicione diante desta sociedade como lixo.

“Eu fico com a pureza da resposta das crianças... É a vida, é bonita e é bonita Viver, e não ter a vergonha de ser feliz... Cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz... Ah meu Deus eu sei, eu sei Que a vida devia ser bem melhor e será Mas isso não impede que eu repita É bonita, é bonita e é bonita” (Gonzaguinha)

Vinícius Martins Cestari