quinta-feira, 14 de abril de 2011

"Pensata", pensantes, pensadores e o povo!!!

A “pensata” do nosso ilustríssimo ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso me leva a fazer algumas observações relevantes em torno do tema em que se firmou – O papel da oposição hoje no Brasil (levando em conta que todos nós, considerando os mais diferentes olhares, somos a oposição em um dado momento).
Tecendo os mais diversos comentários poderíamos dizer que em criticas palavras o FHC, entre linhas, ofertou dicas ao seu partido para que deixassem de disputar a olho nu os pobres com o PT do Lula e da então presidente “pop” Dilma Rousseff e voltassem seus famigerados olhos aos da classe média. Mas seria de forma um pouco constrangedora crer que a intenção do presidente do real seria essa mesmo.
Sendo assim consideremos então que tal “pensata” é uma forma de vangloriar-se vaidosamente do presidente do povo o Sr. Lula. “Oh my God” é melhor parar por aqui, afinal a coisa ainda pode piorar.
Levo em consideração então a forma desesperadora do PSDB achar um “jeitinho do brasileiro” de infiltrar no pensamento dos votantes deste imenso Brasil, assim como fez o PT com seu governo assistencialista e sindicalista nos últimos anos, tendencioso a prosperar por mais alguns longos anos, afinal venhamos e convenhamos que estamos lidando com uma população um tanto quanto ignorante, aos ver dos honestos e dedicados políticos brasileiros.
Alias façamos uma pequena observação, com o ato isolado do nosso ilustríssimo e também ex-presidente republicano José Sarney, que aproveita da fase de comoção popular pela desgraça ocorrida no Rio de Janeiro, naquela cinzenta quinta-feira dia 07 de abril do ano em que estamos 2011, e lança a idéia de questionar o povo do que acham de proibir a venda de armas. Olha como é preocupado este nosso político, com o povo que tanto ama, chega a ser até mesmo irônica e circense sua atitude de aproveitar a onda de sentimentos nobres dos brasileiros, que é claro votam.
Voltando, é claro e é muito mais que evidente que a preocupação da maioria de nossos políticos não é de cumprir seu papel e dever de brasileiros, representantes da massa que milita em busca de uma melhor condição de vida, suas preocupações, além da de devolver o dinheiro que foi erroneamente usado em situações adversas, vão muito além, chegam a ser menosprezante a meu ver, porque se preocupam em disputar a escolha do povo, mesmo que seja necessário torná-los ainda mais ignorantes e pobres, o importante é que ao final do mês recebam seus vales, assistências e bolsas.
É por isso que, possivelmente, a proposta do FHC é que a oposição ouça a sociedade e assuma de que lado está, afinal ou é ou não é. É um convite gentil a descer do muro e parar de querer agradar a todos, o importante é que cumpram com seus deveres e visionem o povo como um todo, não como uma pirâmide social ou como simples estatísticas, pois diante da Constituição que “tenta” reger este país e aos olhos de Deus somos todos iguais, merecedores dos mesmos direitos e dos mesmos deveres.
Cumprir a cidadania de ser humano é a nossa obrigação e não deixar com que “politiquinhos” mapeiem situações é mais do que dever. Que lembremos sempre que o congresso não é uma escola de circo em busca de palhaços, tão pouco é platéia ouvintes das artes circenses de ser povo; lembremos também, que os palácios da capital não é somente sala de visita aos famosos e celebridades e de possíveis realizações de sonhos é local de trabalho e dedicação a causas que realmente valham à pena.

Vinícius Martins Cestari

terça-feira, 12 de abril de 2011

Procura-se um amigo

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.

Vinicius de Moraes

Devoção Popular

Nestes últimos dias peguei-me diversas vezes observando a fé, a devoção e a crença de muitos cristãos católicos, e notei quantas formas diferentes existem de acreditar em um mesmo Deus, em alguns a forma de crer chega a ser algo, como posso chamar, intrigante, algo que encanta e desencanta, que alucina e ilumina.
É a famosa devoção popular. É uma devoção que não se brinca, não se coloca em dúvida e tão pouco tem explicação, e longe de mim querer explicar algo imprescindível para a vivência cristã.
Existem aqueles que até colocam em discussão, ou até mesmo outras crenças e religiões chegam a tentar criar uma problemática em cima de tudo isso, mas sei lá, a devoção popular parece superar e nem abrir espaço a essas basbaquices e intolerâncias religiosas.
Que estranho e inexplicável o amor que surge, que brota e desabrocha do coração de tantas pessoas em torno de Deus que é maravilhoso e recíproco neste amor que transforma, encaminha, salva e supera a tudo e a todos.
Seria um tanto quanto tolo de minha parte colocar em discussão ou até mesmo tentar encontrar respostas a esta pratica popular. Só sei que muitas vezes ao ver e sentir a devoção destas pessoas a única atitude que me deparo é com as lágrimas correndo no meu rosto, um “calafrio” pelo corpo e uma prece elevada ao céu como agradecimento por tudo e por todos.
Como é bom sentir estas coisas, como é bom viver e reviver histórias de vida de simples pessoas que amam profundamente Deus, é gratificante e ao mesmo tempo um tapa na cara pelas tantas vezes que colocamos em questionamento nossa crença, nosso Deus e nossa vida.
Que Deus me faça crente nas pequenas coisas que realiza em minha vida, me faça esperançoso na sua grandiosidade e me faça feliz pela oportunidade de amar e amar.

Vinícius Martins Cestari

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Peregrino do Amor - Nosso João de Deus.

Todo o mundo lembra neste sabádo dia 02/04/2011 o sexto aniversário de morte do Papa João Paulo II, como passa rápido, são seis anos sem uma das maiores referências que sigo e amo com tanto fervor. Um dos grandes responsáveis pela tamanha fé que tenho em minha Igreja, em minha crença.
As vezes fico me perguntando o que seria se não tivéssemos a oportunidade de conhece-lo e de ama-lo. Fico me perguntando onde estaria se não fosse ele o responsável pela fé que tenho e que levo.
“Quanto já me emocionei, ao ouvir a tua voz”, com as mais doces palavras que nos fez refletir o quão é importante o amor e o perdão. “Quanto já chorei ao ler o que escreveu a nós”, com sinceridade e todo carinho de um verdadeiro filho de Deus, que soube com grande sabedoria tocar nossos corações e fazer cair lágrimas de nossos olhos, mesmo que muitas vezes descrentes e desperançosos com tantos sofrimentos. “Pregou com tua vida e fez a Igreja assim crescer”, nos mostrando e vivendo com testemunho o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, nos fez acreditar, através Daquele que se mostra em sua face.
“O mundo deu perseguições e Deus te deu consolações”, não desistiu diante de tantos poderosos, correu riscos, houve até aqueles que ousaram não gostar de ti e de tua tão sublime presença, e Deus o amparou e consolou diante de todas estas tribulações, e assim “o teu amor embriagou o mundo”, pois passamos a enxergar nos nossos irmãos a verdadeira face de Deus, passamos a acreditar na força de nossa fé, ou simplesmente revigoramos na tua força de viver, força esta “que fez a tantos jovens mergulharem mais fundo”, amar verdadeiramente Deus e o agradecer pelas tantas coisas boas, inacreditáveis e inimagináveis que nos deu.
Por isso o nomeamos e gritamos aos quatro cantos do mundo que “és o peregrino do amor”, pois tomou como sobrenome este sentimento que resume a todos os outros, e com este mesmo amor “buscou os jovens com tanto ardor”, acreditou tanto que os fez em lágrimas amar a Cristo verdadeiramente.
“Ninguém jamais andou por tantas terras”, ultrapassou barreiras e nos fez encantar com tanta força, dedicação e coragem, nos maiores conflitos esteve presente, ninguém chegou a tantos corações, “ nem levou a paz a tantas guerras”, a tantos desolados, não teve medo mesmo que “tentaram até calar a sua voz”, mas por acreditar e confiar em um Deus vivo, permaneceu firme e por todas as proteções dadas a ti “em troca revelou o Céu a nós”. Quantas coisas nos mostrou, não somente com palavras, mais com as mais belas atitudes e diante de todos nós se revelou “um mendigo de meu Senhor”, um dos mais belos títulos que qualquer um de nós poderia receber, “por isso eu te sigo” e é simplesmente por isso que és o “Peregrino do Amor”.
Amou-nos, preocupou-se tanto que fez com que ficássemos “olhando tua agonia, imaginando que a própria Virgem Maria veio te buscar”, também pudera com a docilidade de ser e sempre cheio do Espírito Santo só poderia com ela “e com os anjos ser levado ao mais lindo lugar”. E por todos os feitos, por tanto amor e por tanta doação “todos os Santos lá estavam a te esperar”, e tudo isso por reconhecer e ti uma grandiosidade sem fim e também “foi por ter buscado tantos jovens” e assim “em tua páscoa a juventude veio em ti”.
Nos encantou ainda mais, pois muitos diante de ti tornaram, mesmo com suas importâncias, os mais pequenos dos homens, afinal “tão grande era a força do teu bem, que até os maus vieram e te buscaram também”.
Para todos nós és e sempre será o Papa da paz, nosso João de Deus que “de tuas fraquezas não nos fez segredo” e demonstrando toda essa garra e fé “deu a ordem pra não termos medo”.
No fim da vida terrestre, nos arrebatando pela dor de perdê-lo e confortando-nos por ensinar que a vida é eterna, e que “a fé não está no corpo que se inclina, mas está na alma do que crê”. Por se mostrar pequeno, em sua tão suave grandeza é que “eu creio que és o nosso intercessor”.
Deus o enviou como anjo, lhe fez instrumento de paz e amor para atingir nossos corações, nossa alma e nos ensinar, por isso és o “Peregrino do Amor”.

A benção João de Deus!!!



(Os trechos que se encontram entre aspas é da música Peregrino do Amor, de Dalvimar Gallo).
Vinícius Martins Cestari.